domingo, 12 de junho de 2011

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Parece que todos os domingos não conseguem ser de outra forma. Sentada no sofá a pensar nas imbecilidades que fez no fim-de-semana. Uma catadupa de tarefas por resolver, a cozinha que não se arruma sozinha e o silêncio ensurdecedor do seu apartamento. Não há nada que possa piorar, e ela sabe disso. Estranhamente vê-se numa situação que sempre desejou mas não está a gostar de vivê-la. Não tem medo do escuro, nem medo de dormir de janelas abertas, mas tem medo de exteriorizar o que está a sentir naquele momento. Ela só queria ser pequenina de  novo, quando tinha uma família feliz e não sabia o que era o amor.
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