sábado, 31 de julho de 2010

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Quando estamos a anos luz do que melhor tivemos e experienciámos lembramo-nos de que nunca aprendemos a gravar as sensações... gravamos imagens, sons e cheiros... podemos até conseguir a mais árdua tarefa de perpetuar sensações que só o toque alheio nos traz, o arrepio na espinha, o eriçar de um bando de pelos, o fechar dos olhos e o desejo de permanecer assim para sempre...mas a verdade é que o tacto, esse desaparece sempre...e não há toques, nem cheiros, nem sons, nem imagens que se conjuguem harmoniosamente no mesmo perfeito instante.. e é isso que o tempo nos rouba... e é isso que o tempo vai guardando, e é isso que o tempo sempre tão vingativo e sarcasticamente tenaz nos vai mostrando pela vida fora.. Hoje tirei o dia para abrir as minhas caixas de mil cores, disfarçadas pelo pó que o tempo lhes poisou.. e mesmo que doa, mesmo que sintamos que nada nos surge de novo na paz ou desassossego dos dias, não há nada como olhar para o passado para vermos que afinal, sempre seguimos em frente..
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escolher não sentir

ao ouvido...

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