sábado, 30 de junho de 2007

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" Sentado no meu quarto
Trancado em mim mesmo
Fechado em pensamentos
Viciado em procuras
Sonhando com sonhos
Derramando lágrimas
Caído em mim mesmo
Pensando em precipícios
Lutando contra a depressão
Viciado em solidão
Buscando buscar o além
Lutando contra o vazio
Viciado em alguém.. "
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Já dizia Flaubert: Cuidado com a tristeza. Ela é um vício. Mas, quem diz que possuir vícios é sempre mau? Ora vejamos um breve elogio ao vício:
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"Admiro os viciados. Num mundo em que está toda a gente à espera de uma catástrofe total e aleatória ou de uma doença súbita qualquer, o viciado tem o conforto de saber aquilo que quase de certeza estará à sua espera ao virar da esquina. Adquiriu algum controlo sobre o seu destino final e o vício faz com que a causa da sua morte não seja uma completa surpresa. De certo modo, ser um viciado é uma coisa bastante proactivista. Um bom vício retira à morte a suposição. Existe mesmo uma coisa que é planear a tua fuga."
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Chuck Palahniuk, in 'Asfixia'
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Porque esta música é linda e continuo a não me cansar de a ouvir:
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Eleanor put those boots back on
Kick the heels into the Brooklyn dirt
I know it isn't dignified to run
But if you run you can run to the Coney Island roller coaster
Ride to the highest point
And leap across the filthy water
Leap until the gulf streams brought you down
I could be there when you land
I could be there when you land
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So Eleanor take a green point three point
And turn towards the hidden sun
You know you are so elegant when you run
Oh if you run
You can run to the statue with the dictionary
Climb to her fingernails and leap
Yeah, take an atmospheric
Leap and let the jet stream set you down
I could be there when you land
I could be there when you land
I could be there when you land
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So Eleanor put those boots back on
Put the boots back on and run
Come on over here
Come on over here
Come on over here
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By: Franz Ferdinand
Álbum: You Could Have It So Much Better (2005)

( http://youtube.com/watch?v=4dKEyNhmqYM )
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quarta-feira, 27 de junho de 2007

Cara Valente

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.Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mau-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
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Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter protecção
Foi-se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai,
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Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior.
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas...
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sexta-feira, 22 de junho de 2007

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( Queria poder dizer-te tudo... )
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quarta-feira, 20 de junho de 2007

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Não. Não conseguiria dormir descansada sem deixar aqui algo (minimamente) digno de ler (pelo menos diferente do q escrevi ha pouco)..ora cá vai:
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A que velocidade bate o coração quando a palavra é
interpretada?
Bate muito para lá do razoável. Chega a ser sofrimento. É muito bom quando a dádiva regressa sob essa forma de um certo… irreversível. Qualquer coisa se alterou. Há um universo que passa a existir a partir dali. (…) Acho que as nossas doenças (do ocidente) passam por não integrarmos personagens. Tudo começa mal no ‘conhece-te a ti mesmo’. Há aí um singular muito problemático.Nós não somos os mesmos entre um minuto e o outro, ou entre o dormir e o acordar. Mas todos nos querem obrigar à redução…”
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Pedro Eiras,
(docente e investigador na área de Literatura Portuguesa Contemporânea na FLUP).
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E há tanta verdade nisto.. não me obriguem, por favor, a permanecer constante… ou melhor, não se obriguem a querer ver em mim uma constante permanente..sou o que sou, não sou o que fui, nem serei com certeza o que serei quando deixar de ser o que sou, e já fui, entre o minuto que era o que não era quando fui o que era, quando era o que sou…MAU!!! Não volto a escrever aqui co copito =/( Porque é que a maior parte das vezes dependemos dos outros no que toca a horas de ir pra casa?!)
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[ESQUEÇAM ISTO…NADA DISTO CORRESPONDE AO QUE SEREI AMANHA..OU AO QUE SOU AGORA, AGORA QUE ME ENCONTRO A ESCREVER ISTO..!]
Até amanhã…
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Instant Pleasure

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I don’t want somebody to love me
Just give me sex whenever I want it…
‘Cause all I ask for is Instant pleasure…
instant pleasure… instant
pleeeaaassuuuurrreeee…!
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E não páro de cantar isto!!! C’um camandro… sinto-me um vulcão em erupção… ai ai, se calhar vim cedo demais p’ra casa =]
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(isto de passar três semanas sem parar de olhar pra um pc e não cuidar de outras coisas é no q dá)… enfins..será melhor dormir portanto…Hasta!
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terça-feira, 19 de junho de 2007

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"Por ti morro
e ninguém sabe
mas eu espero
o teu corpo que sabe
a madrugada
o teu corpo que sabe
a desespero
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ó minha amarga amêndoa
desejada."
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Ahhh..e que bem me sabias agora..!
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[ ... peço desculpa a quem retirei a imagem sem pedir autorização ;) ... ]
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domingo, 17 de junho de 2007

Poeta Castrado Não..!

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Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
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Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
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Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
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Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
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Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
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E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
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Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
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- Ary dos Santos -
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(desculpa..não resisti.... )
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domingo, 3 de junho de 2007

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Obrigada por me acolheres nos teus cantos e recantos e no silêncio emitires palavras e sons que me esclareceram tanto... por me teres trazido algumas respostas em cada um dos teus sinais, cheiros e aromas que eram de coragem...

Agora deixo-te...com menos angústia do que a que trazia quando em ti desemboquei.. angustia que se ia perdendo aos poucos e poucos em cada viela que abrias para eu entrar e te descobrir.. descobrir que apesar da aparência triste, és linda... e tens tanto pra contar..
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Adeus Porto...! até um dia.
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sexta-feira, 1 de junho de 2007

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Nestas horas de crepúsculo, quando não é bem de dia nem de noite...quando o sol se despede devagar nesta praia quase deserta... sentada na frente deste mar imenso, intenso...passam imagens de toda a minha vida... Momentos que passam e ficam ao mesmo tempo... uns a correr, outros devagarinho, lá fora e dentro de mim. Instantes de invasão ao meu próprio passado. Dizem-me para não chorar... talvez não saibam que as lágrimas são o único alívio que temos para a alma. Mas, às vezes, quando encontro coragem e avanço... encontro pedaços que me fazem sorrir. Coisas que não sabia que tinha, que descubro escondidas de mim e do mundo...perdidas no meio do nada do tanto que sou...


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ao ouvido...

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