quinta-feira, 21 de setembro de 2006


Hoje que não estás,
espalho os meus discos no chão e embalo-me num refrão de uma música qualquer que antes, certamente, ignoraria e deixaria para trás. Agarro-me aos vestígios da noite, às palavras sentidas, perdidas e ainda assim repetidas, que disseste, escreveste, escondeste...
O silêncio e a pele, na memória das mãos... que nunca se esquece de lembrar... cada gesto teu.... cada gesto meu... cada gesto que abraçou... e que abraça agora, não mais do que traços no ar, conjunto de pontos que antes fora figura, carne e osso... que balançou parada... junto de mim...
O calor e o frio...
Os vestígios de ti...
O que fica marcado e já nunca se afasta.
.
Esta sou eu,
"À espera de sentir o mar,
Numa vaga de espuma e sentidos,
Guardados no fundo do olhar."
Ainda assim, também tu és calor que derrete a sobriedade de dizer «nunca»...!
.

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ao ouvido...

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